Saga Twilight
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Um rpg sobre a saga de crepúsculo, onde você escolhe ser um lobo, um vampiro(a)ou até uma humano(a)


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Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer.

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1Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Empty Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Seg maio 04, 2009 12:58 pm

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Amanhecer
Stephenie Meyer

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Conteúdo:
LIVRO UM: BELLA
PREFÁCIO
1— NOIVOS
2— UMA LONGA NOITE
3— O GRANDE DIA
4— GESTO
5— ILHA ESME
6— DISTRAÇÕES
7— INESPERADO
LIVRO DOIS: JACOB
PREFÁCIO
8— ESPERANDO PELO INÍCIO DA MALDITA LUTA
9— CERTO COMO O INFERNO NÃO SABIA DAQUELA CHEGADA
10— POR QUE EU SIMPLESMENTE NÃO FUI EMBORA? OH
CERTO, PORQUE EU SOU UM IDIOTA
11— AS DUAS COISAS NO TOPO DA MINHA LISTA DE COISASQUE-
EU-NUNCA-QUERIA-FAZER
12— ALGUMAS PESSOAS NÃO ENTENDEM O CONCEITO DE
“NÃO DESEJADO”
13— QUE BOM QUE EU TENHO ESTÔMAGO FORTE
14— “VOCÊ SABE QUE AS COISAS VÃOMAL QUANDO VOCÊ SE
SENTE CULPADO POR TER SIDO RUDE COM UM VAMPIRO”
15— TICK, TOCK, TICK, TOCK, TICK, TOCK
16— MUITAS AVISOS DE ALERTAS
17— COM O QUE EU PAREÇO? O MÁGICO DE OZ? VOCÊ
PRECISA DE UM CÉREBRO? SIGA EM FRENTE. PEGUE O MEU.
PEGUE TUDO O QUE EU TENHO.
18— NÃO EXISTEM PALAVRAS PARA ISSO
LIVRO TRÊS: BELLA
PREFÁCIO
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19— QUEIMANDO
20— NOVA
21— A PRIMEIRA CAÇADA
22— PROMETIDA
23— MEMÓRIAS
24— SURPESA
25— FAVOR
26— BRILHO
27— PLANOS DE VIAGEM
28— O FUTURO
29— DEFECÇÃO
30— IRRESISTÍVEL
31— TALENTOSA
32— COMPANHIA
33— FALSIFICAÇÃO
34— DECLARADO
35— FIM DA LINHA
36— SEDE DE SANGUE
37— PLANOS
38— PODER
39— O FINAL FELIZ
_______________________________________________________________
Este livro é dedicado a minha agente/ninja, Jodi Reamer, obrigada por
me manter longe do abismo.
E obrigada também a minha banda favorita, apropriadamente chamada
Muse, por prover uma valiosa inspiração para a saga.
_______________________________________________________________
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LIVRO 1: BELLA
Infância não é a partir do nascimento com certa idade para uma certa idade.
A criança se torna um adulto, e esquece das coisas infantis.
A infância é o reino onde ninguém morre.
– Edna St. Vincent Millay
PREFÁCIO
Eu já tive muito mais experiências de quase morte do que era necessário, isso
não é exatamente uma coisa a qual você se acostuma.
No entanto, enfrentar a morte novamente parecia estranhamente inevitável.
Como se eu realmente estivesse marcada pelo desastre. Eu escapei vez após
outra, mas ela continuava vindo atrás de mim.
Ainda assim, essa vez era tão diferente das outras.
Você pode correr de alguém que você teme, você pode tentar lutar com
alguém que você odeia. Todas as minhas reações eram direcionadas a esses
tipos de assassinos— os monstros, os inimigos.
Quando você ama a pessoa que está te matando, não te restam opções. Como
você poderia correr, como você poderia lutar, quando fazer isso machucaria o
seu amado? Se sua vida fosse tudo o que você tem a dar ao seu amado, como
você seria capaz de não dá-la?
Se fosse alguém a quem você realmente ama?
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1— NOIVOS
Ninguém está te encarando, eu prometi a mim mesma. Ninguém está te
encarando. Ninguém está te encarando.
Mas, como eu não conseguia mentir convincentemente nem para mim mesma,
eu precisei dar uma checada.
Sentada esperando que os três semáforos da cidade ficassem verdes, eu olhei
para a direita — em sua minivan, a Sra. Weber tinha virado o tórax inteiro em
minha direção. Os olhos dela penetraram nos meus, e eu me inclinei pra trás,
me perguntando por que ela não desviou o olhar ou pareceu envergonhada.
Ainda era considerado rude encarar as pessoas, não era? Será que essa regra
não era mais usada?
Foi ai que me lembrei que essas janelas eram tão escuras que ela
provavelmente nem tinha idéia de que eu estava aqui, muito menos de que eu
tinha pego ela olhando. Eu tentei encontrar algum conforto no fato de que ela
não estava realmente olhando pra mim, apenas para o carro.
Meu carro. Suspiro.
Eu olhei para a esquerda e gemi. Dois pedestres estavam congelados na
calçada, perdendo a chance de atravessar a rua enquanto olhavam. Atrás deles,
o Sr. Marshall estava espiando através da janela de vidro de sua pequena loja
de souvenirs. Pelo menos o nariz dele não estava pressionado contra o vidro.
Ainda.
O semáforo ficou verde e, na minha pressa de escapar, eu pisei no acelerador
sem pensar — a forma normal que eu teria pisado pra fazer a minha velha
caminhonete Chevy sair do lugar.
Com o motor urrando como uma pantera, o carro saltou rapidamente pra
frente que o meu corpo bateu no banco de couro preto, e meu estômago se
comprimiu contra a minha espinha.
“Arg!” Eu resfoleguei enquanto procurava pelo freio. Usando a cabeça, eu
apenas toquei no pedal. O carro parou completamente mesmo assim.
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Eu não agüentei olhar ao redor pra ver as reações. Se antes havia alguma
duvida sobre quem estava dirigindo este carro, agora já não existia. Com a
ponta do meu sapato, eu gentilmente baixei um centímetro do acelerador, e o
carro seguiu em frente novamente.
Eu consegui chegar onde queria, o posto de gasolina. Se eu não estivesse
enlouquecendo, eu não precisaria ter que vir á cidade. Eu estava me virando
sem um monte de coisas ultimamente, como Pop-Tarts e cadarços, pra evitar
ficar em público.
Me movendo como se eu estivesse numa corrida, eu abri o tanque, tirei a capa,
passei o cartão, e coloquei a mangueira no tanque em questão de segundos. É
claro, não havia nada que eu pudesse fazer para que os números na bomba de
gasolina andassem mais rápido. Eles estalavam fazendo barulhos, quase como
se estivessem fazendo aquilo pra me aborrecer.
O dia não estava bonito — um típico dia chuvoso em Forks, Washington —
mas eu ainda sentia como se um ponto se luz estivesse focado em mim,
atraindo atenção para o delicado anel na minha mão esquerda. Em vezes como
essa, sentindo os olhos nas minhas costas, eu me sentia como se o anel
estivesse piscando feito um anúncio em néon: Olhe para mim, olhe para mim.
Era estúpido me sentir envergonhada, e eu sabia disso. Além do meu pai e da
minha mãe, será que realmente importava o que as pessoas estavam dizendo
sobre o meu noivado? Sobre o meu carro novo? Sobre a minha misteriosa
entrada para a Ivy League? Sobre o meu cartão de crédito preto e brilhante que
parecia tingido de vermelho no meu bolso de trás nesse exato momento?
“É, quem se importa com o que eles pensam?” Eu murmurei em voz baixa.
“Um, senhorita?” a voz de um homem chamou.
Eu me virei, e então desejei não ter feito isso.
Dois homens estavam parados ao lado de um jipe chique com caiaques
novinhos amarrados no topo. Nenhum deles estava olhando para mim; os dois
estavam olhando para o carro.
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Pessoalmente, eu não entendi. Mas eles, eu estava orgulhosa de saber
distinguir os símbolos entre Toyota, Ford e Chevy. Esse carro preto escuro,
brilhante, e bonito, mas para mim era só um carro.
“Eu lamento incomodar, mas será que você pode me dizer que carro é esse
que você está dirigindo?” o mais alto me perguntou.
“Um, Mercedes, não é?”
“Sim”, o homem disse educadamente enquanto seu amigo mais baixinho
rolava os olhos com a minha resposta. “Eu sei. Mas eu estava me perguntando,
essa é... Você está dirigindo uma Mercedes Guardian?” O homem disse o
nome com reverência. Eu tive a sensação de que esse homem se daria bem
com Edward, meu... meu noivo (realmente não havia como fugir dessa
verdade com o casamento a apenas alguns dias de distância). “Eles ainda nem
estão disponíveis na Europa” o homem continuou. “Muito menos aqui”.
Enquanto os olhos dele traçavam os contornos do meu carro — pra mim ele
não parecia diferente dos outros sedans Mercedes, mas o que eu sabia? — eu
pensei brevemente nos meus problemas com palavras como noivo, casamento,
marido, etc.
Eu simplesmente não conseguia coloca-las juntas na minha cabeça.
Por outro lado, eu fui criada pra me contorcer só de pensar nos vestidos
brancos e volumosos e nos buquês. Mas mais do que isso, eu simplesmente
não conseguia conciliar um conceito estável, respeitável, e chato de marido
com o meu conceito de Edward. Era como comparar um arcanjo com um
contador; eu não conseguia imagina-lo no papel de uma pessoa normal.
Como sempre, assim que eu comecei a pensar em Edward eu fiquei presa em
um vendaval de fantasias delirantes. O estranho precisou limpar a garganta
para chamar a minha atenção; ele ainda estava esperando uma resposta sobre o
modelo e fabricação do meu carro.
“Eu não sei”, eu o disse honestamente.
“Você se importa se eu tirar uma foto com ele?”
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Eu levei alguns segundos para processar isso. “Sério? Você quer tirar uma
foto com o carro?”
“Claro — ninguém vai acreditar em mim se eu não tiver uma prova.”
“Um. Okay. Tudo bem.”
Eu rapidamente me desfiz da mangueira e me enfiei no banco da frente para
me esconder enquanto o entusiasta tirava uma câmera grande, de aparência
profissional da bolsa. Ele e seus amigos fizeram pose no capô, e então foram
tirar fotos na traseira.
“Eu sinto falta da minha caminhonete”, eu sussurrei para mim mesma.
Muito, muito conveniente — conveniente demais — que minha caminhonete
fizesse seus últimos barulhos apenas algumas semanas depois de Edward e eu
termos firmado um compromisso, um detalhe que significava que ele podia
repor a minha caminhonete quando ela passasse dessa para uma melhor.
Edward jurou que isso já era de se esperar, pois minha caminhonete viveu uma
vida longa e cheia e então morreu de causas naturais. Isso é o que ele diz. E, é
claro, eu não tive como verificar a história que ele contou nem tentar trazer
minha caminhonete de volta á vida por conta própria. Meu mecânico
favorito...
Eu parei aquele pensamento imediatamente, me recusando a deixar que ele
chegasse ao fim. Ao invés disso, eu ouvi as vozes dos homens do lado de fora,
abafadas pelas paredes do meu carro.
“... ele foi em frente com uma chama na descarga naquele vídeo on-line. A
tintura nem ficou queimada.”
“É claro que não. Você pode passar com um tanque em cima desse bebê. Isso
não é muito negócio pra ninguém daqui. Ele foi designado em maioria pra
diplomatas do Oriente Médio, traficantes de armas e de drogas.”
“Você acha que ela é alguém importante?” o baixinho perguntou com uma
voz mais suave. Eu abaixei minha cabeça.
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“Huh”, o alto disse. “Talvez. Não posso imaginar porque você precisaria de
vidros á prova de mísseis e quatro mil quilos de proteção corporal num lugar
como esse. Ela deve estar indo para algum lugar mais perigoso.”
Proteção corporal. Quatro mil quilos de proteção corporal. E vidros com
blindagem á prova de mísseis? Legal. O que aconteceu com as velhas
blindagens á prova de tiros?
Bom, pelo menos isso fazia sentido — se você tinha um senso de humor
bastante doentio.
Não era como se eu não esperasse que Edward tirasse vantagem do nosso
acordo, só pra balancear as coisas a seu favor pra que ele tivesse que dar muito
mais do que ele receberia. Eu concordei que ele trocasse a minha caminhonete
quando ela precisasse de reparos, sem esperar que isso acontecesse tão em
breve, é claro. Quando eu fui forçada a admitir que a minha caminhonete
havia se transformado num tributo de metal aos Chevys clássicos, eu sabia que
a idéia dele de troca ia me envergonhar. Tornar-me-ia foco de olhares e
sussurros. Mas nem nas minhas imaginações mais obscuras eu previ que ele
me compraria dois carros.
O carro “de antes” e o carro “de depois”, ele me explicou enquanto eu dava
uma volta.
O carro “de antes”. Ele me disse que era um empréstimo e me prometeu que o
devolveria depois do casamento. Isso tudo não fazia nenhum sentido pra mim.
Até agora.
Ha ha. Como eu era uma humana tão frágil, tão propensa a acidentes, tão
vítima da minha própria perigosa falta de sorte, aparentemente eu precisava de
um carro que fosse resistente a um tanque pra me manter segura. Hilário. Eu
tinha certeza de que ele e seus irmãos gostaram bastante da piada pelas minhas
costas.
Ou talvez, apenas talvez, uma pequena voz sussurrou na minha cabeça, não
seja uma piada, bobinha. Talvez ele realmente esteja muito preocupado com
você. Essa não seria a primeira vez que ele passou um pouco dos limites
tentando me proteger.
Eu suspirei.
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Eu ainda não vi o carro “de depois”. Ele o escondeu embaixo de uma capa no
canto mais distante da garagem dos Cullen. Eu sei que a maioria das pessoas
já teria espiado a essa altura, mas eu realmente não queria saber.
Provavelmente não havia proteção corporal naquele carro — porque eu não
precisaria de proteção depois da lua de mel. Indestrutibilidade quase literal era
uma das coisas pelas quais eu estava esperando. A melhor parte de ser um
Cullen não era ter carros caros e cartões de créditos impressionantes.
“Hey”, o homem alto chamou, colocando as mãos no vidro no esforço de
espiar do lado de dentro. “Nós já acabamos. Muito obrigado!”
“De nada” eu respondi, e então fiquei tensa enquanto ligava o motor e
apertava o acelerador — muito delicadamente — pra baixo...
Não importava quantas vezes eu dirigisse na estrada familiar no caminho pra
casa, eu ainda não conseguia fingir que os pôsteres molhados da chuva não
estavam lá. Cada um deles, pregado em postes telefônicos e colados em placas
de rua, era como um tapa de luz no rosto. Um tapa bem merecido.
Minha mente era sugada de volta ao pensamento. Eu o havia interrompido tão
rapidamente antes. Eu não consegui evitar isso nessa rua. Agora, com as fotos
do meu mecânico favorito passando rapidamente por mim em intervalos
regulares.
Meu melhor amigo. Meu Jacob.
Os pôsteres de VOCÊ VIU ESSE GAROTO? Não foram idéia do pai de
Jacob. Foi o meu pai, Charlie, quem imprimiu os panfletos e os espalhou por
toda a cidade. E não apenas em Forks, mas em Port Angeles e Sequim e
Hoquiam e Aberdeem e em todas as cidades da Península Olímpica... Ele
cuidou para que todas as delegacias em todo o estado de Washington tivessem
o mesmo panfleto em suas paredes também. Sua própria delegacia tinha um
quadro inteiro dedicado a encontrar Jacob também. Um quadro que estava
quase inteiramente vazio, pra sua decepção e frustração.
Meu pai estava decepcionado com muito mais do que a falta de resposta. Sua
maior decepção era com Billy, o pai de Jacob — e o amigo mais próximo de
Charlie.

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2Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Empty Re: Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Seg maio 04, 2009 1:03 pm

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Por causa da falta de envolvimento de Billy no desaparecimento do seu
“fugitivo” de dezesseis anos. Porque Billy se recusou a colocar os panfletos
em La Push, a reserva na costa que era a casa de Jacob. Porque ele parecia
estar resignado com o desaparecimento de Jacob, como se não houvesse nada
que ele pudesse fazer. Por ele dizer “Jacob é crescido agora. Ele voltará pra
casa quando ele quiser.”
E ele estava frustrado comigo por ficar do lado de Billy.
Eu também não pendurei panfletos. Porque tanto eu quanto Billy sabíamos
onde Jacob estava, figuradamente falando, e nós também sabíamos que
ninguém tinha visto esse garoto.
Os panfletos colocaram aquele caroço de costume na minha garganta, as
lágrimas de costume nos meus olhos, e eu fiquei feliz por Edward estar
viajando em caça nesse Sábado. Se Edward visse a minha reação, isso o faria
se sentir terrível também.
É claro, haviam pontos ruins em ser sábado. Enquanto eu virava lentamente
em minha rua, eu podia ver a viatura policial do meu pai na entrada de casa.
Ele deixou a pescaria de lado hoje de novo. Ainda fazendo beicinho pelo
casamento.
Então eu não seria capaz de usar o telefone lá dentro. Mas eu precisava ligar...
Eu estacionei na curva, atrás da escultura de Chevy e peguei o telefone que
Edward me deu para emergências no porta luvas. Eu disquei, mantendo o meu
dedo no botão “end”. Só pela dúvida.
“Alô?’ Seth Clearwater atendeu, e eu suspirei aliviada. Eu era covarde demais
pra falar com sua irmã mais velha, Leah. A frase “me morda” não era
exatamente uma figura de expressão quando se tratava de Leah.
“Hey, Seth, é Bella”.
“Oh diz aê, Bella! Como você está?”
Chocada. Desesperada por notícias. “Bem.”
“Ligando por notícias?”
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“Você é um vidente.”
“Dificilmente. Eu não sou nenhuma Alice — só que você é previsível”, ele
brincou. Entre o bando Quileute de La Push, Seth era o único que se sentia
confortável de sequer mencionar o nome dos Cullen, quanto mais fazer piada
sobre a minha futura cunhada que sabia praticamente tudo.
“Eu sei que sou” Eu hesitei por um minuto. “Como ele está?”
Seth suspirou. “Como sempre. Ele não fala, apesar de sabermos que ele nos
ouve. Ele está tentando não pensar como humano, sabe. Apenas com os
instintos”.
“Você sabe onde ele está agora?”
“Algum lugar ao norte do Canadá. Eu não sei te dizer em que província. Ele
não presta muita atenção em limites estaduais.”
“Alguma dica de que ele possa...”
“Ele não vai voltar pra casa, Bella. Desculpa.”
Eu engoli. “Tudo bem, Seth. Eu já sabia antes de ter perguntado. Eu não posso
evitar esperar.”
“É. Nós nos sentimos do mesmo jeito.”
“Obrigada por me informar, Seth. Eu sei que os outros devem dificultar as
coisas pra você.”
“Eles não são os seus maiores fãs” ele concordou alegremente. “Meio bobo,
eu acho. Jacob fez as escolhas dele, você fez as suas. Jake não está gostando
das atitudes deles. É claro que ele também não está super feliz por você estar
recebendo notícias dele.”
Eu resfoleguei. “Eu pensei que ele não estivesse falando com vocês.”
“Ele não consegue esconder tudo de nós, mesmo estando tentando muito.”
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Então Jacob sabia que eu estava preocupada. Eu não tinha certeza de como me
sentia em relação a isso. Bom, pelo menos ele sabia que eu não havia
caminhado em direção ao pôr do sol e esquecido dele completamente. Ele
podia ter me imaginado capaz de fazer isso.
“Eu acho que te vejo no... casamento.” Eu disse, forçando a palavra entre os
meus dentes.
“É, eu e minha mãe estaremos lá. Foi legal da sua parte nos convidar.”
Eu sorri pelo entusiasmo na voz dele. Apesar de que convidar os Clearwater
tenha sido idéia de Edward, eu estava feliz por ele ter pensado nisso. Ter Seth
lá seria legal — uma conexão, mesmo que tenaz, ao meu padrinho
desaparecido. “Não seria o mesmo sem você”.
“Diga a Edward que eu mandei um oi, ok?”
“Com certeza”.
Eu balancei minha cabeça. A amizade que surgiu entre Edward e Seth era uma
coisa que ainda confundia a minha mente. Era uma prova, no entanto, de que
as coisas não precisavam ser daquele jeito. Que lobisomens e vampiros
podiam se dar muito bem, muito obrigada, se eles quisessem isso.
Nem todo mundo gostava dessa idéia.
“Ah”, Seth disse, sua voz aumentando uma oitava. “Leah está em casa.”
“Oh! Tchau!”
O fone ficou mudo. Eu o deixei no assento e me preparei psicologicamente
para entrar em casa, onde Charlie estaria esperando.
Meu pobre pai tinha que lidar com muitas coisas agora. O sumiço de Jacob era
apenas um doas fardos que ele tinha que levar em suas costas sobrecarregadas.
Ele estava quase tão preocupado quanto eu sobre a minha transformação em
uma Sra. em apenas alguns dias.
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Eu caminhei lentamente através da chuva fraca, lembrando da noite em que
contamos a ele...
Enquanto o som da viatura de Charlie anunciava a sua chegada, o anel de
repente pesou cem quilos na minha mão. Eu queria enfiar a minha mão
esquerda no bolso, ou talvez sentar nela, mas o aperto calmo e firme de
Edward a manteve á frente e ao centro.
“Não fique nervosa, Bella. Por favor tente lembrar que você não está
confessando um assassinato”.
“Fácil pra você dizer”
Eu ouvi o conhecido som das botas do meu pai batendo na calçada. A chave
girou na porta já aberta. A porta bateu contra a parede e eu enrijeci como se
tivesse levado um choque.
“Acalme-se, Bella,” Edward suspirou, ouvi meu coração acelerar.
A porta bateu contra a parede, e como eu me movi bruscamente como se
tivesse sendo presa.
“Hey, Charlie”, Edward falou inteiramente relaxado.
“Não!” Eu assoviei baixinho.
“O que foi?” Edward sussurrou de volta.
“Espere até ele guardar a arma!”
Edward gargalhou e passou sua mão livre pelo seu cabelo cor de bronze
bagunçado.
Charlie apareceu na curva, ainda usando seu uniforme, ainda armado, e
tentando não fazer uma careta quando viu nós dois sentados juntos no sofá.
Ultimamente ele estava se esforçando bastante pra gostar mais de Edward. É
claro, aquela revelação certamente iria acabar com esses esforços.
“Olá, garotos. O que está havendo?”
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“Nós gostaríamos de conversar com você” Edward disse. “Nós temos boas
notícias”.
A expressão de Charlie foi de forçadamente amigável á suspeitas obscuras em
um segundo.
“Boas notícias?” Charlie urrou, olhando diretamente pra mim.
“Sente-se pai”
Ele ergueu uma sobrancelha, me encarou por cinco segundos, e aí foi até a
cadeira reclinável e se sentou bem na pontinha, suas costas estavam retas
como um pedaço de pau.
“Não fique nervoso, pai” Eu disse depois de um momento de silêncio forçado.
“Está tudo bem.”
Edward fez uma careta, e eu sabia que isso era uma objeção a palavra bem.
Ele provavelmente teria usado algo parecido com maravilhoso ou perfeito ou
glorioso.
“Claro que sim, Bella. Claro que sim. Se está tudo bem porque você está
suando como um porco?”
“Eu não estou suando”, eu menti.
Eu me desviei de sua careta penetrante, me apertando contra Edward, e
instintivamente passei a mão direita pela minha testa para apagar as
evidências.
“Você está grávida!” Charlie explodiu. “Você está grávida, não está?”
Apesar da pergunta provavelmente ser pra mim, agora ele estava olhando pra
Edward, e eu podia jurar que vi a mão dele se fechando na arma.
“Não! É claro que eu não estou!” Eu queria dar uma cotovelada nas costelas
de Edward, mas eu sabia que isso ia me deixar com um hematoma. Eu disse a
Edward que as pessoas iam imediatamente chegar a essa conclusão! Que outra
razão possível pessoas sãs se casariam aos dezoito anos? (A resposta dele a
isso me fez revirar os olhos. Amor. Certo.)
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O olhar de Charlie limpou um pouco. Geralmente ficava muito claro no meu
rosto quando eu estava falando a verdade, e agora ele acreditava em mim.
“Oh, desculpe.”
“Desculpas aceitas.”
Houve uma longa pausa. Depois de um momento eu percebi que todos
estavam esperando que eu dissesse alguma coisa. Eu olhei pra Edward,
paralisada de pânico. Não tinha jeito de me fazer botar as palavras pra fora.
Ele sorriu pra mim e enquadrou os ombros e então se virou para meu pai.
“Charlie, eu sei que as coisas estão fora de ordem. Tradicionalmente, eu devia
ter te pedido antes. Eu não tenho a intenção de te desrespeitar, mas já que
Bella já disse sim e eu não quero menosprezar a escolha dela nesse assunto, ao
invés de te pedir a mão dela, eu te peço sua benção. Nós vamos nos casar,
Charlie. Eu a amo mais do que tudo no mundo, mais do que a minha própria
vida e — graças a algum milagre — ela me ama da mesma forma. Você nos
dará a sua benção?”
Ele soou tão seguro, tão calmo. Por apenas um instante, escutando àquela
absoluta certeza na voz dele, eu experimentei um raro momento de insight. Eu
pude ver, rapidamente a forma que todos olhavam pra ele. Durante um bater
de coração, esta noticia fez total sentido.
E ai eu vi o rosto inexpressivo de Charlie, os olhos dele agora estavam
grudados no anel.
Eu prendi a respiração enquanto a pele dele mudava de cor — de normal a
vermelha, de vermelha a roxa, de roxa a azul, eu comecei a me levantar — eu
não sei o que eu estava planejando fazer; talvez fazer a manobra Heimlich pra
ter certeza de que ele não estava engasgando — mas Edward apertou minha
mão e murmurou “Dê um minuto a ele” tão baixinho que só eu pude ouvir.
Dessa vez o silêncio foi muito mais longo. Então, gradualmente, tom por tom,
a cor de Charlie voltou ao normal. Os lábios dele se comprimiram, e suas
sobrancelhas se uniram; eu reconheci sua expressão “pensando
profundamente”. Ele estudou nós dois por um longo momento, e eu senti
Edward relaxar ao meu lado.

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3Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Empty Re: Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Seg maio 04, 2009 1:06 pm

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“Acho que não estou tão surpreso”, Charlie murmurou. “Eu sabia que teria eu
lidar com isso em algum momento em breve”.
Eu soltei o ar.
“Você está certa disso?” Charlie quis saber, me encarando.
“Eu tenho cem por cento de certeza de Edward” eu o assegurei sem perder
tempo.
“Mesmo assim, se casar? Por que a pressa?” Ele me olhou com suspeitas
novamente.
A pressa era porque eu estava me aproximando dos dezenove anos a cada dia
que se passava, enquanto Edward ficava congelado em sua perfeição dos
dezessete anos. Não que esse fato se associasse a casamento no meu livro,
mas o casamento era necessário devido a um delicado e complicado
compromisso que Edward e eu temos pra chegar a esse ponto, o tijolo que leva
a qualquer transformação de mortal a imortal.
Essas eram coisas que eu não podia explicar a Charlie.
“Nós estamos indo para Dartmouth juntos no outono, Charlie”, Edward
lembrou ele. “Eu gostaria de fazer isso, bem, da forma correta. Foi assim que
eu fui criado”. Ele encolheu os ombros.
Ele não estava exatamente exagerando; eles tinham moral antiquada durante a
primeira guerra mundial.
A boca de Charlie torceu para um lado. Procurando por alguma coisa com a
qual discutir. Mas o que ele podia dizer? Eu preferiria que você vivesse
pecaminosamente primeiro? Ele era um pai; suas mãos estavam atadas.
“Eu sabia que isso aconteceria”, ele murmurou pra si mesmo, fazendo uma
careta. Então, de repente, seu rosto ficou perfeitamente suave e desanuviado.
“Papai?” Eu perguntei ansiosamente. Eu olhei pra Edward, mas eu também
não consegui ler seu rosto, enquanto ele olhava pra Charlie.
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“Ha!” Charlie explodiu. Eu pulei no meu assento. “Ha, ha, ha!”
Eu o encarei incredulamente enquanto Charlie de dobrava de tanto rir, seu
corpo todo de balançando.
Eu olhei pra Edward para ter uma tradução, mas os lábios de Edward estavam
fechados com força, como se ele mesmo estivesse tentando segurar o riso.
“Okay, está certo.” Charlie tossiu. “Se casem” Outra onda de risos o balançou.
“Mas...”
“Mas o quê?” Eu quis saber.
“Mas você precisa contar a sua mãe! Eu não vou dizer uma palavra a Renée!
Isso é por sua conta!” Ele explodiu em risadas escandalosas.
Eu parei com a mão na maçaneta, sorrindo. Claro, naquele tempo, as palavras
dele me aterrorizaram. O destino final; contar a Renée. Casamento durante a
juventude estava na lista negra dela acima de matar filhotes de cãezinhos.
Quem podia ter adivinhado a reação dela? Eu não. Certamente não Charlie.
Talvez Alice, mas eu não pensei em pergunta-la.
“Bem, Bella”, Renée disse depois que eu tossi e gaguejei as palavras
impossíveis: Mamãe, eu vou casar com Edward. “Eu estou um pouco
aborrecida por você ter demorado tanto pra me contar. Passagens de avião
estão ficando mais caras. Ohhhh”, ela temeu. “Você acha que Phil já vai ter
tirado o gesso até lá? Se ele não estiver usando terno isso vão arruinar as
fotos...”
“Espera um segundo, mãe”, eu resfoleguei. “O que você quer dizer com
esperar tanto tempo? Eu acabei de no-no...” — eu não fui capaz de botar a
palavra noivar pra fora—“acertar as coisas, sabe, hoje.”
“Hoje? Mesmo? Isso é uma surpresa. Eu suspeitei...”
“O que você suspeitou? Quando você suspeitou?”
“Bem, quando você veio me visitar em Abril, parecia que as coisas já estavam
arranjadas, se é que você sabe o que eu quero dizer. Você não é muito difícil
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de ler, queridinha. Mas eu não quis dizer nada, porque eu sabia que não tinha
utilidade nenhuma. Você é exatamente como Charlie.” Ela suspirou,
resignada. “Quando você resolve uma coisa, não tem como tentar ser razoável
com você. É claro, assim como Charlie, você mantém a sua decisão também.”
E então ela disse a última coisa que eu nunca esperava ouvir da minha mãe.
“Você não está repetindo os meus erros, Bella. Você parece estar assustada
bobinha, e eu acho que seja porque você estava com medo de mim”. Ela
gargalhou. “Ou do que eu vou pensar. E eu sei que eu disse um monte de
coisas sobre o meu casamento e a minha estupidez – e eu não vou morder
minha língua – mas você precisa entender que aquelas coisas se aplicavam
especificamente a mim. Você é uma pessoa completamente diferente de mim.
Você comete os seus próprios tipos de erros, e eu tenho certeza que você terá a
sua parcela de arrependimentos na vida. Mas compromisso nunca foi o seu
problema, queridinha. Você tem uma chance melhor de fazer isso funcionar
do que muitas quarentonas que eu conheço”. Renée sorriu de novo. “Minha
pequena criança de meia idade. Por sorte, parece que você encontrou outra
alma de meia idade .“
“Você não está... com raiva? Você não acha que eu estou cometendo um erro
gigantesco?”
“Bem, eu com certeza gostaria que você esperasse mais alguns anos. Quer
dizer, você acha que eu pareço velha o suficiente pra ser uma sogra? Não
responda. Mas isso não se trata de mim. Você está feliz?”
“Eu não sei. Eu estou tendo uma experiência fora do meu corpo nesse
momento”.
Renée gargalhou. “Ele te faz feliz, Bella?”
“Sim, mas —”
“Você vai querer outra pessoa algum dia?”
“Não, mas —”
“Mas o quê?”
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“Mas você não vai dizer que eu pareço uma adolescente apaixonada como
qualquer outra desde o início dos tempos?”
“Você nunca foi uma adolescente, queridinha. Você sabe o que é melhor pra
você”.
Pelas últimas semanas, Renée mergulhou inadvertidamente em planos de
casamento. Ela passava horas todos os dias no telefone com a mãe de Edward,
Esme – não havia problemas em parentes se darem bem. Renée adorou Esme,
mas também, eu duvidava que alguém pudesse reagir de outra forma á minha
adorável quase sogra.
Isso me deixou por fora. A família de Edward e a minha estavam cuidando
juntas das núpcias sem que eu tivesse que fazer nada ou saber e nem pensar
demais nisso.
Charlie estava furioso, é claro, mas o lado bom era que ele não estava furioso
comigo. A traidora era Renée. Ele estava contando com ela para ser tirana. O
que ele podia fazer agora, quando a sua última ameaça —contar a mamãe—
acabou dando em nada? Ele não tinha nada, e sabia disso. Então ele ficava
vagando em casa, murmurando coisas sobre não se poder mais confiar em
ninguém nesse mundo...
“Pai?” Eu chamei enquanto abria a porta da frente. “Estou em casa.”
“Espere, Bella, fique bem ai.”
“Huh?” Eu parei automaticamente.
“Me dê um segundo. Ouch, você conseguiu, Alice”.
Alice?
“Desculpa, Charlie”, a voz alegre de Alice respondeu. “Como está?”
“Eu estou sangrando”.
“Você está bem. A pele não foi ferida —confie em mim”.
“O que está acontecendo?” Eu quis saber, hesitando na entrada.
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“Trinta segundos, por favor, Bella” Alice me disse. “Sua paciência será
recompensada”.
“Humph”, Charlie adicionou.
Eu bati o pé, contando cada batida. Antes de ir até a nossa sala de estar.
“Oh”, eu perdi o fôlego. “Aw, pai. Você está—”
“Boboca?” Charlie interrompeu.
“Eu estava pensando em algo mais parecido com elegante.”
Charlie ruborizou. Alice pegou o cotovelo dele e o rodou lentamente pra que
ele mostrasse o terno cinza pálido.
“Pára com isso, Alice. Eu pareço um idiota.”
“Ninguém vestido por mim fica parecendo um idiota.”
“Ela está certa, pai. Você está fabuloso! Qual é a ocasião?”
Alice revirou os olhos. “É a última prova de roupa. Pra vocês dois.”
Eu tirei meus olhos da elegância não habitual de Charlie e pela primeira vez vi
a bolsa branca estufada deitada cuidadosamente no sofá.
“Ahhh”.
“Vá para o seu cantinho feliz, Bella. Não vai demorar.”
Eu respirei fundo e fechei os olhos. Mantendo-os fechados, eu procurei o meu
caminho subindo as escadas até o meu quarto. Eu fiquei de lingerie e estiquei
os braços.
“Parece até que eu estou enfiando farpas de bambu embaixo das suas unhas.”
Alice murmurou pra si mesma enquanto me seguia.
Eu não prestei atenção nela. Eu estava no meu cantinho feliz.
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No meu cantinho feliz, toda a bagunça do casamento estava acabada e pronta.
Atrás de mim. Já reprimida e esquecida.
Nós estávamos sozinhos, só Edward e eu. A paisagem era confusa e estava
frequentemente em fluxo — ela passava de uma floresta nebulosa pra uma
cidade coberta de nuvens pra uma noite ártica — porque Edward estava
mantendo o local da nossa lua de mel em segredo pra mim. Mas eu não estava
particularmente preocupada com essa parte.
Edward e eu estávamos juntos, e eu tinha cumprido a minha parte do
compromisso perfeitamente. Eu casei com ele. Essa era a parte maior. Mas eu
também aceitei todos os seus presentes ultrajantes e me registrei, mesmo que
futilmente, pra comparecer na Universidade de Dartmouth no outono. Agora
era a vez dele.
Antes de me transformar em vampira —a grande promessa dele— ele tinha
estipulado mais uma condição pra mim.
Edward tinha uma preocupação obsessiva com as coisas humanas que eu
estaria deixando pra trás, as experiências que ele não queria que eu perdesse.
Mas havia apenas uma experiência na qual eu estava insistindo. É claro que
essa era a que ele queria que eu tivesse esquecido.
No entanto, aqui estava o problema. Eu sabia no que eu me transformaria
quando estivesse tudo acabado. Eu vi vampiros recém-nascidos em primeira
mão, e eu tinha ouvido todas as histórias da minha futura família sobre a
selvageria dos primeiros dias. Por vários anos, minha primeira personalidade
ia ser sedenta. Ia levar algum tempo até que eu fosse eu mesma novamente. E
mesmo quando eu estivesse sob controle de mim mesma, eu jamais me
sentiria exatamente da forma que me sinto agora.
Humana... e apaixonadamente apaixonada.
Eu queria a experiência completa antes de trocar meu corpo quente, quebrável
e guiado por hormônios por algo lindo, forte... e desconhecido. Eu queria uma
lua de mel de verdade com Edward. E a despeito do perigo ao qual ele achava
que ia me submeter, ele concordou em tentar.
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Eu estava apenas vagamente cônscia da presença de Alice e do cetim passando
pelo meu corpo. Durante aquele momento, eu não me importei com o que a
cidade inteira estava pensando de mim. Eu não pensava no espetáculo que
teria que estrelar em breve. Eu não me importei em tropeçar na minha grinalda
e rir na hora errada ou em ser jovem demais ou a multidão me encarando e
nem sequer no assento vazio onde o meu melhor amigo estaria.
Eu estava com Edward no meu cantinho feliz.

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4Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Empty Re: Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Seg maio 04, 2009 1:10 pm

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2— UMA LONGA NOITE
“Eu já sinto a sua falta.”
“Eu não preciso ir. Posso ficar...”
“Mmm...”
Houve silêncio por um longo tempo, somente o som de meu coração batendo
acelerado e o sussurro de nossos lábios se movendo sincronizados.
Às vezes era tão fácil esquecer que eu estava beijando um vampiro. Não
porque ele parecesse comum e humano — eu nunca poderia esquecer que
estava segurando mais do que um anjo em meus braços — mas porque ele me
fazia sentir que não havia nada igual à sensação de ter seus lábios em meus
lábios, em meu rosto, minha garganta. Ele dizia que já era passado a tentação
que meu sangue lhe causava, que a idéia de me perder era mais forte que isso.
Mas eu sabia que o cheiro de meu sangue ainda lhe causava dor — queimava
em sua garganta como se ele estivesse inalando fogo.
Eu abri meus olhos e encontrei os dele abertos também, fixados em meu rosto.
Não fazia sentido ele me olhar daquele jeito. Como se eu fosse o prêmio ao
invéz da ganhadora sortuda.
Nós nos encaramos por um momento, seus olhos dourados estavam tão
profundos que era quase como se eu pudesse ver sua alma. Parecia bobo que
justamente isso — a existência se sua alma — seja uma duvida, mesmo ele
sendo um vampiro. Ele tinha a alma mais bonita, mas do que sua mente
brilhante ou seu rosto incomparável e seu glorioso corpo.
Ele olhou de volta para mim, como se ele também pudesse ver minha alma, e
estivesse gostando do que via.
Ele não podia ver dentro de minha mente, pensando bem, não da maneira que
ele via a dos outros. Quem saberia o porquê — algum defeito em meu cérebro
que me tornava imune a todos os extraordinários e assustadores poderes que
alguns imortais possuem. (somente minha mente era imune, meu corpo ainda
era uma vitima das habilidades dos vampiros com poderes diferentes dos de
Edward). Mas eu era seriamente grata a esse “defeito” que mantinham meus
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pensamentos em segredo. Era muito constrangedor sequer pensar na
possibilidade.
Puxei seu rosto mais uma vez para perto do meu.
“Definitivamente vou ficar,” ele murmurou um tempo depois.
“Não, não! É sua despedida de solteiro, você tem que ir.”
Eu disse as palavras, mas meus dedos se enroscaram em seus cabelos cor de
bronze, minha mão esquerda apertando suas costas. Seus dedos frios
acariciaram meu rosto.
“Despedidas de solteiros são para aqueles que estão tristes com o fim de seus
dias de solteiro. Eu não vejo a hora que eles acabem. Então não há razão para
que eu vá.”
“Verdade.” Eu disse respirando na pele gelada de sua garganta.
Isso era muito perto do que seria meu cantinho feliz. Charlie dormia
profundamente em seu quarto, o que era quase o mesmo que estar sozinha.
Nós estamos encolhidos em minha pequena cama, nossos corpos o mais juntos
possível, apesar do grosso cobertor em que eu estava enrolada como um
casulo. Eu odiava a necessidade do cobertor, mas o romance acabava quando
meus dentes começavam a bater. Charlie iria perceber se eu ligasse o
aquecedor em Agosto...
Pelo menos, se houvesse algo ruim, a camisa de Edward estava no chão. Eu
nunca superei o choque de como seu corpo era perfeito — pálido e gelado
como mármore. Eu corri minha mão por seu peito nu, passando por sua
barriga perfeitamente rígida, passeando. Ele tremeu levemente, e seus lábios
encontraram os meus novamente. Cuidadosamente a ponta de minha língua
traçou seus lábios encerados, e ele suspirou. Seu hálito me invadiu – frio e
delicioso por todo o meu rosto.
Ele começou a recuar — esta era sua reação automática toda vez que achava
que tinha ido longe demais, seu reflexo toda vez que ele queria mais. Edward
passou toda sua vida rejeitando qualquer tipo de contato físico. Eu sei que para
ele era assustador tentar mudar seus hábitos agora.
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“Espere”, eu disse agarrando seus ombros e o abraçando mais perto. Eu passei
minha perna que estava livre ao redor de seu quadril. “A prática leva a
perfeição”.
Ele riu. “Bem, devemos estar bem perto da perfeição nesse ponto, não acha?
Você dormiu alguma noite no ultimo mês?”
“Mas esse é o ensaio do vestido”, Eu relembrei a ele. “E nós só praticamos
algumas cenas. Não temos tempo a perder.”
Eu pensei que ele fosse rir, mas ele não respondeu, e seu corpo endureceu de
um nervoso repentino. O dourado em seus olhos pareceu endurecer de liquido
para sólido.
Eu pensei no que havia dito e tentei entender o que ele havia pensado.
“Bella...”, ele sussurrou
“Não comece com isso de novo”, eu disse, “Trato é trato.”
“Eu não sei. É muito difícil se concentrar quando você está comigo desse
jeito. Eu - Eu não consigo pensar direito. Eu não vou conseguir me controlar.
Você vai se machucar. ”
“Eu vou ficar bem.”
“Bella...”
“Shh...” eu pressionei meus lábios nos dele para parar com o ataque de pânico.
Eu já havia ouvido aquilo antes. Ele não ia desistir do acordo. Não depois de
insistir que eu casasse com ele primeiro.
Ele me beijou de volta por um momento, mas eu pude perceber que ele não
estava com tanto entusiasmo como antes. Preocupado, sempre preocupado.
Como seria diferente quando ele não tivesse que se preocupar mais comigo. O
que ele fará em seu tempo livre? Terá que arrumar um hobby novo!
“Como estão seus pés?’ ele perguntou
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Sabendo que ele não falava no sentido literal eu respondi “Torrando de tão
quentes”.
“Mesmo? Não está mudando de idéia? Ainda não é tarde pra desistir.”
“ Você está tentando me fazer desistir?”
Ele riu silenciosamente. “Só para ter certeza. Não quero que você faça nada de
que não tenha certeza.”
“Tenho certeza sobre você. Com o resto eu posso viver.”
Ele hesitou e eu imaginei se devia fechar a minha boca.
“Você consegue?” ele disse quieto. “Eu não me refiro ao casamento — eu sei
que você vai sobreviver apesar de não concordar — mas e depois.... E Renne?
E Charlie?”
Eu suspirei. “Eu vou sentir falta deles.” Mais do que eles de mim, mas eu não
quis dar a ele esse tipo de detalhe.
“ Angela e Ben, Jéssica e Mike.”
“Vou sentir falta dos meus amigos também”. Eu sorri para a escuridão.
“Especialmente Mike! Oh Mike! Como vou sobreviver!”
Ele grunhiu.
Eu ri, mas logo fiquei séria novamente. “Edward nós já falamos sobre isso. Eu
sei que vai ser difícil, mas é o que eu quero. Eu quero você, e quero para
sempre. Uma vida não é suficiente para mim.”
“Congelada para sempre aos dezoito,” ele sussurrou.
“Todo sonho de mulher se torna realidade,” eu provoquei.
“Nunca mudando... nunca indo para frente”.
“O que isso significa?”
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Ele respondeu devagar. “Você se lembra quando contamos para Charlie a
respeito do casamento? Ele pensou que você estava... grávida?”
“E ele pensou em atirar em você”. Eu disse com uma risada. “ Admita— por
um momento ele considerou isso”.
Ele não respondeu.
“O que é Edward?”
“Eu só queria...bem, queria que ele estivesse certo.”
“Uhh,” eu estremeci.
“Que houvesse alguma maneira que isso pudesse acontecer. De que
corrêssemos esse risco. Eu odeio tirar isso de você também.”
Eu precisei de um momento para responder. “Eu sei o que estou fazendo.”
“Como você pode saber Bella? Olhe para minha mãe e minha irmã. Não é um
sacrifício tão fácil quanto você imagina.”
“Esme e Rosalie conseguiram superar isso. Se isso se tornar um problema
podemos fazer o que Esme fez— nós vamos adotar!”
Ele suspirou e, em seguida, sua voz era feroz. "Isso não é certo! Não quero
que você tenha que fazer sacrifícios por mim. Eu quero dar-lhe coisas, não
tirar coisas de você. Eu não quero roubar o seu futuro. Se eu fosse humano...”
Eu coloquei minha mão sobre seus lábios. "Você é o meu futuro. Pare agora.
Não se deprima, ou eu irei chamar seus irmãos para virem e pegar você.
Talvez você precise de uma festa de despedida."
"Desculpe-me. Estou deprimido, não é? Devem ser os nervos."
"Seus pés estão frios?"
"Não é nesse sentido. Eu tenho esperado um século para casar com você,
Senhorita Swan. A cerimônia de casamento é a única coisa que eu mal posso
esperar—" Ele suspendeu o pensamento. "Oh, por tudo que é mais sagrado!"
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“O que houve?”
Ele rangeu os dentes . “Você não precisa ligar para os meus irmãos.
Aparentemente eles não vão me deixar escapar essa noite.
Eu o abracei mais forte, mas depois soltei. Eu não tinha a menor pretensão de
ganhar uma guerra contra Emmett. “Divirta-se”.
Houve um ruído através da janela — alguém estava passando suas unhas de
propósito no vidro para fazer um barulho horroroso de cobrir os ouvidos e
arrepiar os cabelos. Eu dei de ombros.
“Se você não botar o Edward para fora,” Emmett — ainda invisível na noite
—ameaçou. “Nós vamos entrar para pegar ele.”
“Vá,” Eu ri. “Antes que eles quebrem a minha casa”.
Edward rolou seus olhos e em um único movimento se colocou de pé e com
outro recolocou sua camisa. Ele se abaixou e beijou minha testa.
“Vá dormir. Você vai ter um grande dia amanhã.”
“Obrigada! Isso realmente vai me acalmar!”
“Te vejo no altar.”
“Eu vou ser a que vai estar de branco!” Eu sorri pensando em como isso soava
irônico.
Ele riu. “ Muito convincente” e então de repente ele pulou agachado, seus
músculos pressionados como uma mola. Ele desapareceu — passando pela
minha janela mais rápido do que eu podia ver.
Lá fora houve um barulho abafado e eu ouvi Emmett resmungar.
“É melhor vocês não trazerem ele de volta muito tarde,” eu murmurei sabendo
que eles ouviriam.
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E então o rosto de Jasper apareceu em minha janela, seus cabelos loiros cor de
mel reluzindo a luz da lua que passava pelas nuvens.
“Não se preocupe Bella. Vamos trazer ele de volta com tempo de sobra!”
Eu estava subitamente muito calma, e todas as minhas hesitações pareciam
sem importância. Jasper era, na sua própria maneira, tão talentoso como Alice
com suas previsões sobrenaturalmente exatas. Os poderes mediúnicos de
Jasper era algo maior do que o futuro, e era impossível resistir à sensação da
maneira como ele queria que você se sentisse.
Eu sentei rapidamente, ainda enrolada nos cobertores. “Jasper? O que
vampiros fazem em despedidas de solteiro? Vocês não vão levá-lo a um clube
de strip, vão?”
"Não lhe diga nada!" Emmett grunhiu alto. Havia um outro som, e Edward riu
discretamente.
"Relaxe", Jasper disse-me — e foi o que fiz. "Nós Cullens temos a nossa
própria versão. Apenas alguns leões da montanha, um casal de ursos
cinzentos. Geralmente uma noitada ordinária."
Eu me pergunto se alguma vez serei capaz de ouvir de forma cavalheiresca
sobre as dietas dos vampiros "vegetarianos".
"Obrigada, Jasper"
Ele piscou e saiu de vista.

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5Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Empty Re: Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Seg maio 04, 2009 1:12 pm

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Estava completamente silencioso lá fora. Os roncos abafados de Charlie
vibravam através das paredes.
Eu deitei de volta no meu travesseiro, adormecendo agora. Eu observei as
paredes do meu pequeno quarto, branqueada palidamente pelo luar, sobre as
pálpebras pesadas.
A minha última noite no meu quarto. A minha última noite como Isabella
Swan. Amanhã à noite, eu seria Bella Cullen. Apesar de todo o calvário do
casamento ser um espinho ao meu lado, eu tinha de admitir que eu gostei de
como soava.
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Eu deixei a minha mente vagar impassível por um momento, esperando cair
no sono. Mas, depois de alguns minutos, encontrava-me mais alerta, a
ansiedade crescente de volta para o meu estômago, embrulhando-se em
posições desconfortáveis. A cama parecia muito suave, muito quente sem
Edward. Jasper estava longe, e toda a paz, e sentimentos relaxantes foram com
ele.
Ela iria ter um longo dia amanhã.
Eu estava ciente de que a maioria dos meus medos eram estúpidos — eu só
tinha que tirá-los de mim. Atenção era uma parte inevitável da vida. Eu não
podia estar sempre misturada com a paisagem. No entanto, eu tenho algumas
preocupações específicas que eram completamente válidas.
Primeiro, havia a cauda de vestidos de casamento. Alice claramente tinha
deixado seu sentido artístico dominar sobre aspectos práticos disso. Manobrar
nas escadas dos Cullens de salto e uma cauda pareceu impossível. Eu deveria
ter praticado.
Depois, tinha a lista de convidados.
A família de Tanya, o clã Denali, estariam chegando antes da cerimônia.
Seria delicado ter a família de Tanya no mesmo quarto com os nossos
convidados da reserva Quileute, o pai de Jacob e os Clearwaters. O Denalis
não eram fãs dos lobisomens. Na verdade, a irmã de Tanya, Irina, não ia vir
para o casamento por nada. Ela ainda carregava uma vingança contra os
lobisomens por matarem seu amigo Laurent (exatamente como ele estava
prestes a me matar). Graças a esse ressentimento, os Denalis tinham
abandonado a família de Edward na sua pior hora de necessidade. Foi à
desagradável aliança com os lobos Quileute que salvou as nossas vidas,
quando a horda de vampiros recém-nascidos atacaram...
Edward tinha me prometido que não seria perigoso ter os Denalis perto dos
Quileutes. Tanya e toda sua família — exceto Irina — sentiam-se
horrivelmente culpados por esse abandono. Uma trégua com os lobisomens
era um pequeno preço para compensar um pouco desta dívida, um preço que
estavam dispostos a pagar.
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Havia o grande problema, mas havia um pequeno problema também: a minha
frágil auto-estima.
Eu nunca tinha visto Tanya antes, mas eu tinha certeza que conhecê-la não
seria uma experiência prazerosa para o meu ego. Uma vez, provavelmente
antes de eu ter nascido, ela tinha feito seu jogo para Edward — não que eu
culpe a ela ou alguém por tê-lo desejado. Mesmo assim, ela deveria ser
extremamente linda e magnífica. Mesmo que Edward claramente — se
inconcebivelmente — tenha preferido a mim, eu não seria capaz de ajudar
fazendo comparações.
Eu resmunguei um pouco até Edward, que sabia da minha fraqueza, me fez
sentir culpada.
"Nós somos a coisa mais próxima que eles têm de uma família, Bella," ele me
lembrou. "Eles ainda se sentem como órfãos, você sabe, mesmo depois de
todo esse tempo."
Então eu admiti, escondendo a minha careta.
Tanya tinha uma grande família agora, quase tão grande quanto os Cullens.
Eles eram em cinco: Tanya, Kate e Irina haviam entrado através de Carmen e
Eleazor de uma forma bem parecida como Alice e Jasper entraram para os
Cullens, todos eles levados pelo desejo de viver com mais compaixão do que
os vampiros normais fizeram.
Mesmo com toda a companhia, entretanto, Tanya e suas irmãs ainda eram
sozinhas. Ainda estavam de luto. Porque há muito tempo atrás, elas também
tiveram uma mãe.
Eu conseguia imaginar o vazio que a perda devia ter deixado, mesmo depois
de milhares de anos. Eu tentei imaginar a família Cullen sem o seu criador,
seu centro e seu guia —seu pai, Carlisle. Eu não consegui.
Carlisle havia explicado a história de Tanya durante uma das muitas noites em
que eu passei na casa dos Cullen, aprendendo tanto quanto eu podia, me
preparando o máximo possível para o futuro que eu havia escolhido. A
história da mãe de Tanya foi um dentre tantos, um conto de aviso ilustrando
uma das regras que eu nunca poderia esquecer quando eu adentrasse o mundo
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dos imortais. Uma única regra, de fato - uma leia com milhares de facetas:
Guarde o segredo.
Guardar o segredo significada muitas coisas — viver imperceptivelmente
como o Cullens, se mudar antes que os humanos desconfiassem de que eles
não estavam envelhecendo. Ou mantendo-se completamente longe de seres
humanos — exceto na hora da refeição — como a vida nômade como James e
Victoria tinham vivido; como os amigos de Jasper, Peter e Charlotte, tinham
vivido. Isso significa manter controle de quaisquer novos vampiros que você
tenha criado, como Jasper fez quando viveu com Maria. Como Victoria havia
falhado com os recém-nascidos.
E isso significa não criar algumas coisas, acima de tudo, porque algumas
criações são incontroláveis.
“Eu não sei o nome da mãe de Tanya”, Carlisle admitiu, seus olhos dourados,
quase uma exata sombra de seu cabelo preso, triste com as lembranças da dor
de Tanya. “Eles nunca falam sobre ela se puderem evitar, nunca pensam nela
carinhosamente.”
A mulher que criou Tanya, Kate e Irina — que as amou, eu acredito — viveu
muitos anos antes que eu tivesse nascido, durante uma época de peste em
nosso mundo, a peste das crianças imortais.
“O que eles estavam pensando, os anciões, eu não consigo entender. Eles
criaram vampiros sob humanos que mal eram alguma coisa além de crianças.”
Eu tive que engolir a saliva que estava em minha garganta quando imaginei o
que ele havia descrito.
“Eles eram muito lindos,” Carlisle explicou rapidamente, vendo minha reação.
“Tão amáveis, tão encantadores, você não consegue imaginar. Mas era preciso
estar perto deles para amá-los; isto era algo automático.
Contudo, eles não podiam ser ensinados. Eles eram congelados em qualquer
estágio do desenvolvimento que eles estavam antes de ser mordidos.
Adoráveis crianças de dois anos de idade com covinhas e ceceios que podiam
destruir metade de uma vila com seu furor. Se eles estavam com fome, eles se
alimentavam, e não havia palavras de aviso que os parassem.

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6Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Empty Re: Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Seg maio 04, 2009 1:13 pm

Admin


Admin

Humanos os
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viam, histórias começaram a circular, o medo se alastrava como fogo na palha
seca…
“A mãe de Tânia criou uma dessas crianças. E assim como os outros anciões,
não consigo imaginar as suas razões.” Ele deu um profundo suspiro. “Os
Volturi se envolveram, é claro.”
Eu estremeci como sempre com aquele nome, mas é claro, que a legião de
vampiros da Itália - a realeza de sua espécie — era o centro da história. Não
podia existir uma lei se não houvesse uma punição; não podia havia uma
punição se não houvesse ninguém para aplicá-la. Os anciões Aro, Caius e
Marcus governavam as forças dos Volturi; eu só os vi uma vez, mas naquele
breve encontro, pareceu para mim que Ari, com seu poderoso poder de ler
mentes — um toque e ele sabia cada pensamento que aquela mente já havia
tido —era o líder verdadeiro.
“Os Volturi estudaram as crianças imortais, em sua casa em Volterra e ao
redor do mundo. Caius decidiu que os jovens eram incapazes de proteger
nosso segredo. Então eles deveriam ser destruídos.”
“Eu te disse que eles eram adoráveis. Bem, grupos de bruxas lutaram até o
último homem — que foram completamente dizimados — para protegê-los. A
carnificina não foi generalizada em guerras como a do continente do Sul, mas
mais devastador de sua própria maneira. Grupos de bruxas enraizados, velhas
tradições, amigos… Muita perda. No final, a prática foi completamente
eliminada. As crianças imortais se tornaram não mencionáveis, um tabu.”
"Quando eu vivi com os Volturi, encontrei duas crianças imortais, por isso
sabia em primeira mão o recurso que tinha. Aro estudou os pequeninos por
muitos anos após a catástrofe que lhes foi provocada. Você sabe curiosamente
sua disposição; ele estava esperançoso de que poderia amansá-las. Mas, no
fim, a decisão foi unânime: as crianças imortais não poderiam existir.”
Eu tinha tudo, mas esqueceram a mãe das irmãs Denally quando a história
retornou.
“Não está totalmente claro o que aconteceu com a mãe de Tanya,” Carlisle
disse. “ Tanya, Kate e Irina foram inteiramente óbvias até o dia em que os
Volturi chegaram, sua mãe e suas criações ilegais já estavam presas. Foi a
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ignorância que salvou Tanya e suas irmãs. Aro lhes tocou e viu a sua total
inocência, para que não fossem punidas como sua mãe.”
“Nenhum deles tinha visto o garoto antes, ou tinham sonhando com sua
existência, até o dia que eles o viram queimar nos braços de sua mãe. Eu
posso apenas imaginar que sua mãe teve que guardar seu segredo para
protegê-los desse exato resultado. Mas em primeiro lugar, por que ela o criou?
Quem foi ele, e o que ele pretendia para ela que fez com que ela atravessasse
esse inimaginável limite? Tanya e os outros nunca receberam uma resposta
para nenhuma dessas perguntas. Mas não duvidavam da culpa de sua mãe, e
não penso que eles lhe perdoaram de verdade.”
“Elas tiveram sorte de que Aro estava se sentindo compassivo aquele dia.
Tanya e suas irmãs foram perdoadas, mas deixaram com os corações feridos e
um grande respeito pela lei..."
Eu não sei exatamente em qual momento a memória se transformou em sonho.
Um momento parecia que eu estava ouvindo Carlisle em minha memória,
olhando para o seu rosto e então, no outro momento eu estava olhando para
um cinza, árido campo e sentindo o cheiro de um denso incenso no ar. Eu não
estava sozinha ali.
A mistura de figuras no centro do campo, todos cobertos com uma capa
escura, devia ter me aterrorizado — eles só podiam ser os Volturi e eu, ao
contrário do decretado em nossa última reunião, ainda humana. Mas eu sabia,
como algumas vezes acontecia nos sonhos, que eu era invisível para eles.
Espalhado ao meu redor estavam montes de fumaça. Reconheci a doçura no ar
e não examinei o esfumaçado muito profundamente. Não tive nenhum desejo
de ver as caras dos vampiros que eles tinham executado, com um pouco de
medo que eu pudesse reconhecer alguém por dentre as chamas.
Os soldados Volturi pararam em um círculo ao redor de alguma coisa ou
alguém e eu pude ouvir suas vozes em suspiro sobrepondo-se à agitação. Eu
me debrucei sobre as capas, levada pelo sonho para ver que coisas ou pessoas
eles estavam examinando com tanta intensidade. Me arrastando
cuidadosamente por entre dois encapuzados altos, eu finalmente vi o objeto do
debate, subindo em um pequeno morro atrás deles.
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Ele era bonito, adorável, como Carlisle tinha descrito. O garoto era ainda uma
criança, e talvez tivesse até dois anos de idade. Cabelos cacheados em tom
castanho claro, enquadrava sua face de querubim com bochechas redondas e
lábios cheios. E ele estava tremendo, seus olhos fechados como se ele
estivesse receoso para assistir a sua morte se aproximar cada segundo.
Fiquei chocada com essa poderosa necessidade de salvar o adorável,
aterrorizados Volturi que a criança não obstante toda a sua devastadora
ameaça a longo importava para mim. Eu passei entre eles sem me importar se
eles notariam. Soltando-me deles completamente, eu corri em direção ao
menino.
Combaleando eu parei e pude ter uma visão clara do morro que ele se sentou.
Aquilo não era terra e rocha, mas a uma pilha de corpos humanos, drenados e
inanimados. Muito tarde para não ver seus rostos. Eu conhecia todos eles —
Angela, Ben, Jessica, Mike.... E diretamente abaixo do menino adorável
estavam os corpos do meu pai e minha mãe.
A criança abriu os seus olhos brilhantes, de cor de sangue.

[b]

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7Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Empty Re: Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Seg maio 04, 2009 1:15 pm

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3— O GRANDE DIA
Meus olhos se abriram.
Eu fiquei deitada tremendo e engasgando em minha cama quente por vários
minutos, tentando me livrar do sonho. O céu pra fora de minha janela virou
cinza e então um rosa pálido enquanto eu esperava para meu coração
desacelerar.
Quando eu voltei para a realidade do meu quarto bagunçado e familiar, eu me
senti um pouco irritada comigo mesma. Que sonho para se ter na véspera de
meu casamento! Isso que eu ganhei por ficar obcecada com histórias
perturbadoras no meio da noite.
Ansiosa para me livrar do pesadelo, eu me vesti e fui para a cozinha muito
antes do que o necessário. Primeiro eu limpei o cômodo pequeno, e quando
Charlie levantou, eu preparei panquecas. Eu estava muito inquieta para ter
qualquer interesse em tomar café da manhã – eu sentei e fiquei remexendo na
cadeira enquanto ele comia.
“Você tem que buscar o Sr. Weber às três horas.” eu o lembrei.
“Eu não tenho muita coisa para fazer hoje a não ser trazer o padre, Bells. Não
vou esquecer meu único encargo.” Charlie tinha tirado o dia todo de folga para
o casamento, e ele estava definitivamente
De vez em quando, seus olhos piscavam furtivamente no armário embaixo da
escada, onde ele guardava sua vara de pesca.
“Esse não é seu único encargo. Você também tem que se vestir e ficar
apresentável.”
Ele fez uma careta para sua caneca de cereais e murmurou as palavras ‘’terno
de macaco’’ baixinho.
Houve uma batida leve na porta da frente.
“Você pensa que vai ser ruim”, eu disse, sorrindo enquanto levantava. “Alice
vai estar trabalhando em mim o dia todo.”
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Charlie acenou pensativamente, concordando que ele tinha a menor tarefa. Eu
me inclinei para beijar o topo de sua cabeça quando passei – ele corou e
pigarreou – e continuou para abrir a porta para minha melhor amiga e que ia
ser em pouco tempo, minha irmã.
O cabelo curto de Alice não estava com suas pontas espetadas – estava caindo
em cachos brilhantes, enquadrando seu rosto pequeno, que estava
contrastando com uma expressão profissional. Ela me arrastou da casa com
um mero ‘’Oi, Charlie’’ por cima dos ombros.
Alice me avaliou enquanto eu entrava no Porshe.
“Ah, que inferno! Olhe seus olhos!” ela reclamou com reprovação. “O que
você fez? Ficou acordada a noite toda?”
“Quase.”
Ela me encarou. “Eu tenho pouco tempo para lhe deixar maravilhosa, Bella –
você podia ter tomado mais cuidado com o meu material.”
“Ninguém espera que eu fique maravilhosa. Eu acho que o grande problema é
que eu talvez durma durante a cerimônia e não seja capaz de dizer “aceito” na
parte certa, e então Edward vai conseguir fugir.”
Ela riu. “Eu vou jogar meu buquê em você quando estiver na hora.”
“Obrigada.”
“Pelo menos você vai ter bastante tempo para dormir no avião amanhã.”
Eu ergui uma sobrancelha. Amanhã, eu pensei. Se nós fomos embora depois
da festa, ainda estaríamos no avião amanhã à noite... bem, não estávamos indo
para Boise, Idaho. Edward não tinha dado nenhuma pista. Eu não estava tão
estressada com o mistério, mas era estranho não saber onde iria dormir na
noite seguinte. Ou, esperançosamente, não dormindo...
Alice percebeu que ela tinha me dado uma dica, e franziu a testa.
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“Você já está com as malas preparadas e prontas”, ela disse para me distrair.
Funcionou.
“Alice, eu queria que você me deixasse preparar minhas próprias malas!”
“Teria dado muitas pistas.”
“E negado a você uma oportunidade de fazer compras.”
“Você será minha irmã oficialmente em poucas horas... está na hora de
superar essa aversão a roupas novas.”
Eu encarei preocupada pelo pára-brisa ante que estávamos quase na casa.
“Ele já voltou?” eu perguntei.
“Não se preocupe, ele estará de volta antes que a música comece. Mas você
não pode vê-lo, não importa quando ele chegue. Vamos fazer isso do jeito
tradicional.”
Eu bufei. “Tradicional!”
“Certo, a parte da noiva e do noivo.”
“Você sabe que ele já espiou.”
“Ah, não - esse é o porquê de só eu ter visto você no vestido de noiva. Tenho
sido bem cuidadosa para não pensar nisso quando ele está por perto.”
“Bem”, eu disse quando nós fizemos a curva – “estou vendo que você reaproveitou
a decoração da formatura.” Os seis quilômetros da estrada estavam
novamente envoltos em milhares de luzinhas. Dessa vez, ela adicionou arcos
de cetim branco.
“Não quero desperdiçar. Aproveite, porque você não verá a decoração de
dentro até que esteja na hora.” Ela estacionou na garagem gigante a norte da
casa. O jipe enorme de Emmett ainda não tinha voltado.
“Desde quando a noiva não pode ver a decoração?” eu protestei.
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“Desde que ela me colocou no comando. Quero que você tenha o impacto
completo quando descer as escadas.”
Ela colocou a mão sobre meus olhos antes me deixar entrar pela cozinha. Eu
fui imediatamente assaltada pelo cheiro.
“O que é isso?” eu perguntei enquanto ela me guiava pela casa.
“É muito?” A voz de Alice estava abruptamente preocupada. “Você é a
primeira humana aqui. Espero que eu tenha acertado.”
“O cheiro é delicioso!” eu a assegurei – era quase intoxicante, mas não
surpreendente, o balanço das fragrâncias diferentes era sutil e completo.
“Cascas de laranja... lilás... e alguma coisa a mais – estou certa?”
“Muito bom, Bella. Só esqueceu da freesia e das rosas.”
Ela não descobriu meus olhos até que estivéssemos em seu grande banheiro.
Eu olhei para a grande pia, coberta com toda a parafernália de um salão de
beleza, e comecei a sentir os efeitos da noite mal dormida.
“Isso é realmente necessário? Eu vou parecer comum perto dele de qualquer
jeito.”
Ela me sentou em uma cadeira pequena e cor-de-rosa. “Ninguém vai ousar
chamar você de comum quando eu terminar.”
“Só porque eles estão com medo de que você sugue o sangue deles” eu
murmurei. Eu apoiei nas costas da cadeira e fechei meus olhos, esperando ser
capaz de cochilar enquanto aquilo durasse. Eu apaguei de vez em quando
enquanto ela me maquiava, passava blush e polia cada espaço do meu corpo.
Era depois do almoço quando Rosalie escorregou pela porta do banheiro com
um vestido prata brilhante com seu cabelo dourado preso em uma pequena
coroa no topo de sua cabeça. Ela era tão linda que me deu vontade de chorar.
Qual era o sentido em me vestir com Rosalie por perto?
“Eles voltaram” Rosalie disse, e imediatamente meu ataque de pânico infantil
desapareceu. Edward estava em casa.
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“Deixe-o longe daqui!”
“Ele não vai encontrar com você hoje” Rosalie a assegurou. “Ele dá valor
demais à vida. Esme os mandou cuidar de umas coisas. Você quer alguma
ajuda? Eu posso fazer o cabelo dela.”
Meu queixo caiu. Eu fiz uma batalha em minha cabeça, tentando me lembrar
de como fechar minha boca.
Eu nunca fui à pessoa preferida de Rosalie. Então, deixando as coisas ainda
mais tensas entre nós, ela estava pessoalmente ofendida pela escolha que eu
estava fazendo agora. Embora ela tivesse aquela beleza impossível, uma
família que amava, e sua alma gêmea em Emmett, ela teria trocado tudo para
ser humana. E aqui estava eu, insensivelmente jogando tudo fora, tudo o que
ela queria na vida, como se fosse lixo. Eu não a fiz gostar mais de mim.
“Claro” Alice disse. “Você pode começar trançando. Eu quero que fiquei um
pouco embaraçado.
O véu vai aqui, embaixo.” As mãos dela começaram a passar pelo meu cabelo,
levantando e virando-o, ilustrando em detalhes como ela queria. Quando ela
terminou, as mãos de Rosalie substituíram as dela, amaciando meu cabeço
com um toque mais leve do que pena. Alice voltou para seu rosto.
Uma vez que Rosalie recebeu as recomendações de Alice sobre meu cabelo,
ela saiu para pegar meu vestido e localizar Jasper, que tinha sido designado
para pegar minha mãe e seu marido, Phil, do hotel. Lá embaixo, eu podia
ouvir a porta se abrindo e se fechando várias vezes. Vozes começaram a se
aproximar.
Alice me fez levantar para que ela pudesse colocar o vestido por cima de meu
cabelo e maquiagem. Meus joelhos tremeram tão forte quando ela fechou os
botões de pérola nas minhas costas que o cetim caiu em pequenas ondas pelo
chão.
“Respire fundo, Bella.” Alice disse. “E tente diminuir as batidas de seu
coração. Você vai suar e borrar a maquiagem.”
Joguei a ela a melhor expressão sarcástica que pude fazer. “Vou tentar fazer
isso.”

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8Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Empty Re: Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Seg maio 04, 2009 1:17 pm

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Admin

“Eu tenho que ir me vestir agora. Consegue se segurar por dois minutos?”
“Ah... talvez?”
Ela revirou os olhos e saiu pela porta.
Eu me concentrei em minha respiração, contando cada movimento de meus
pulmões, e encarei o padrão que a luz do banheiro fazia brilhar pelo tecido de
minha saia. Eu estava com medo de olhar no espelho – medo de que a imagem
de mim mesmo em um vestido de noiva iria me fazer ter um novo ataque te
pânico.
Alice voltou antes que eu respirasse duzentas vezes, num vestido que caia pelo
seu corpo magro como uma cachoeira prateada.
“Alice – uau.”
“Não é nada. Ninguém vai olhar para mim hoje. Não enquanto você estiver no
salão.”
“Há há.”
“Agora, você está sob controle ou eu preciso trazer Jasper aqui?”
“Eles voltaram? Minha mãe está aqui?”
“Ela acabou de entrar. Está subindo.”
Renee tinha chegado há dois dias, e eu tinha passado cada minuto que podia
com ela – cada minuto que eu podia afastá-la de Esme e da decoração, nas
palavras dela. Até onde eu podia dizer, ela estava se divertindo mais que eu
criança presa à noite da Disney. De um jeito, eu me senti traída do mesmo
jeito que Charlie. Todos aquele terror desperdiçado com a reação dela...
“Ah, Bella!” ela gritou agora, emocionada, antes que ela tivesse passado pela
porta. “Ah, querida, você está maravilhosa! Ah, eu vou chorar! Alice, você é
fantástica! Você e Esme deviam entrar no mercado como planejadoras de
casamentos. Onde você achou esse vestido? É lindo! Tão gracioso, tão
elegante. Bella, parece que você acabou de sair de um filme Austin.”
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A voz de minha mãe pareceu um pouco distante, e tudo no quarto era um fraco
borrão. “Uma idéia tão criativa, fazendo o tema do vestido baseado no anel de
Bella. Tão romântico! E pensar que está na família de Edward desde os anos
1800!”
Alice e eu trocamos um olhar breve e conspiratório. Minha mãe estava sem
noção do estilo do vestido por mais de cem anos. O casamento estava na
verdade, centrado não no anel, mas no próprio Edward.
Houve um pigarro na porta.
“Renee, Esme disse que é hora de você descer.” Charlie disse.
“Bom, Charlie, como você está arrojado!” Renee disse em um tom que era
quase choque.
Talvez isso tenha explicado a rigidez na resposta de Charlie.
“Alice me pegou.”
“Já está na hora mesmo?” Renee disse para si mesma, parece quase tão
nervosa quanto eu me sentia. “Isso tudo foi tão rápido. Sinto-me tonta.”
Isso fazia duas de nós.
“Me dê um abraço antes que eu desça”. Renee insistiu. “Cuidado agora, não
quero rasgar nada.”
Minha mãe me apertou gentilmente em sua cintura, então se virou para a
porta, só para terminar a volta e me olhar de novo.
“Ah, meu Deus, quase esqueci! Charlie, onde está a caixa?”
Meu pai procurou em seu bolso por um minuto e então tirou uma pequena
caixa branca e a entregou a Renee. Renee levantou a tampa e entregou para
mim.
“Alguma coisa azul.” ela disse.
“E alguma coisa velha também. Eles eram da vovó Swan”, Charlie adicionou.
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“Nós pedimos para um joalheiro substituir as jóias antigas por safiras.”
Dentro da caixa haviam duas presilhas de cabelo. Safiras azul escuras estavam
incrustadas em complicados desenhos florais em cima dos prendedores.
Minha garganta ficou apertada. “Mãe, pai... vocês não precisavam.”
“Alice não nos deixou fazer mais nada”, Renee disse. “Toda vez que a gente
tentava, ela praticamente arrancava as nossas gargantas.”
Uma gargalhada histérica saiu pelos meus lábios.
Alice veio para a frente e rapidamente deslizou as presilhas em meus cabelos,
logo abaixo das tranças grossas. “Isso é uma coisa velha e azul”, Alice pensou,
dando uns passos pra trás para me admirar. “E o seu vestido é novo... então,
aqui –”
Ela jogou alguma coisa para mim. Eu levantei minhas mãos automaticamente
e a liga branca translúcida caiu na minha mão.
“Isso é meu e eu quero de volta”, Alice me disse.
Eu fiquei vermelha.
“Pronto”, Alice disse com satisfação. “Um pouco de cor - é tudo o que você
precisa. Você está oficialmente perfeita” Com um sorriso que parabenizava
ela mesma, ela se virou para os meus pais. “Renee, você precisa ir lá pra
baixo.”
“Sim, madame”, Renee me soprou um beijo e saiu apressada pela porta.
“Charlie, você pode pegar as flores, por favor?”
Enquanto Charlie estava fora do quarto, Alice arrancou a liga das minhas
mãos e se enfiou embaixo da minha saia. Eu resfoleguei e cambaleei enquanto
as mãos frias dela segurava o meu calcanhar; ela enfiou a liga no lugar.
Ela já estava de pé novamente antes que Charlie retornasse com dois buquês
cheios de flores brancas. O cheiro de rosas e flores de laranjeira e freesia me
cercou numa suave mistura.
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Rosalie – a melhor música da família depois de Edward – começou a tocar
piano no andar de baixo. Pachelbel’s Cânon. Eu comecei a hiperventilar.
“Calma, Bells”, Charlie disse. Ele se virou nervosamente pra Alice. “Ela
parece um pouco enjoada. Você acha que ela vai conseguir?”
A voz dele soou longe. Eu não conseguia sentir minhas pernas.
“É melhor que consiga.”
Alice ficou bem na minha frente, na ponta dos pés pra me olhar nos olhos
mais facilmente, e agarrou meus pulsos em suas mãos duras.
“Concentre-se, Bella. Edward está te esperando lá embaixo.”
Eu respirei profundamente, tentando me recompor.
A música mudou lentamente para outra música. Charlie me cutucou. “Bells, é
a nossa vez.”
“Bella?” Alice perguntou, ainda me olhando nos olhos.
“Sim”, eu guinchei. “Edward. Tudo bem.” Eu deixei que ela me tirasse do
quarto , com Charlie agarrado em meu cotovelo.
A música estava mais alta no corredor. Eu flutuei nas escadas junto com as
fragrâncias dos milhões de flores. Eu me concentrei da idéia de Edward me
esperando lá embaixo pra fazer os meus pés se moverem.
A música era familiar, uma marcha tradicional de Wagner cercada por um
monte de embelezamentos.
“É a minha vez”, Alice chiou. “Conte até cinco e me siga. Ela começou a
descer as escadas lenta e graciosamente. Eu devia ter me dado conta que ter
Alice como minha única dama de honra era um erro. Eu ia parecer muito mais
descoordenada andando atrás dela.
Um súbito ruído de juntou à música. Eu reconheci a minha deixa.
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“Não me deixe cair, pai”, eu sussurrei. Charlie pôs a minha mão em seu braço
e a apertou com força.
Um passo de cada vez, eu disse a mim mesma enquanto começava a descer ao
lento som da marcha. Eu não ergui meus olhos até que os meus pés estavam
seguros no chão, apesar de conseguir ouvir os murmúrios e ruídos da platéia
enquanto eu aparecia. O sangue subiu pro meu rosto por causa do som; é claro
que já se esperava que eu fosse uma noiva corada.
Assim que os meus pés tinham vencido as escadas traiçoeiras, eu estava
procurando por ele. Por um breve segundo, eu fiquei distraída com a profusão
de botões de flores brancas que pendiam de guirlandas em qualquer parte da
sala que não estivesse viva, caindo em longas filas de leves laços brancos.
Mas eu separei meus olhos dos arcos das portas e procurei pelas fileiras de
cadeiras cobertas de cetim – ficando ainda mais vermelha quando vi a
multidão de rostos olhando pra mim – até que eu finalmente o encontrei, de pé
perto de um vaso com mais flores ainda, e mais laços.
Eu mal tinha consciência de Carlisle de pé ao lado dele, e do pai de Angela
atrás deles dois. Eu não vi minha mãe de onde ela devia estar sentada na
primeira fileira, nem a minha família nova, ou nenhum dos meus convidados –
eles teriam que esperar até mais tarde.
Tudo o que eu realmente via era o rosto de Edward; ele encheu minha visão e
dominou minha mente. Os olhos dele estavam claros, ouro em chamas; seu
rosto perfeito estava quase parecendo severo com a profundidade de suas
emoções. E aí, quando ele encontrou meu olhar abismado, ele se quebrou em
um sorriso feliz de tirar o fôlego.
De repente, a única coisa me impedindo de correr pelo corredor era a mão de
Charlie apertando a minha.
A marcha era lenta demais enquanto eu tentava fazer meus pés acompanharem
o ritmo. Por sorte, o corredor era bem curto. E finalmente, finalmente, eu
estava lá. Edward estendeu sua mão. Charlie pegou minha mão e, num
símbolo tão velho quanto o mundo, colocou-a sobre a mão de Edward. Eu
toquei o frio milagre de sua pele, e eu estava em casa.
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Nossos votos foram simples, palavras tradicionais que já foram ditas milhões
de vezes, apesar de nunca por um casal como nós. Nós só pedimos ao Sr.
Weber pra fazer uma pequena mudança. Ele concordou em trocar a frase “até
que a morte nos separe” por uma mais apropriada “enquanto nós dois
vivermos”.
Naquele momento, enquanto o juiz de paz dizia sua parte, meu mundo, que
tinha estado de cabeça pra baixo por tanto tempo, agora parecia ficar na
posição correta. Eu me dei conta do quanto eu estava sendo ao sentir medo
disso – como se isso fosse um presente de aniversário que eu não queria ou
uma exibição vergonhosa, como um baile. Eu olhei para os olhos brilhantes,
triunfantes de Edward, e eu soube que eu também estava vencendo. Porque
nada mais importava além do fato de que eu poderia ficar com ele. Eu não me
dei conta de que estava chorando até a hora de dizer as palavras tão esperadas.
“Eu aceito”, eu consegui botar pra fora num sussurro quase inaudível,
piscando pra conseguir ver o rosto dele.
Quando foi a vez dele de falar, as palavras soaram claras e vitoriosas.
“Eu aceito”, ele jurou.
O Sr. Weber nos declarou marido e mulher, e aí as mãos de Edward se
ergueram pra segurar o meu rosto, cuidadosamente, como se ele fosse
delicado como as pétalas brancas balançando sobre nossas cabeças. Eu tentei
compreender, apesar da quantidade de lágrimas me cegando, o fato surreal de
que essa pessoa incrível era minha. Seus olhos dourados estavam como se
pudessem estar cheios de lágrimas também, se isso não fosse uma coisa tão
impossível. Ele abaixou sua cabeça em direção à minha, e eu fiquei na ponta
dos pés, jogando meus braços – com buquê e tudo – ao redor do pescoço dele.
Ele me beijou ternamente, me adorando; eu esqueci a multidão, o lugar, o
tempo, a razão... lembrando apenas que ele me amava, que ele me queria, que
eu era dele.
Ele começou o beijo e eu tive que terminá-lo; eu me agarrei a ele, ignorando
as risadinhas e os convidados limpando as gargantas. Finalmente, as mãos
dele detiveram meu rosto e ele se afastou – cedo demais – pra me olhar. Na
superfície seu sorriso repentino estava divertido, era quase um sorriso
pretensioso. Mas por baixo desse espetáculo momentâneo da minha exibição
pública estava uma profunda alegria que ecoava a minha própria.
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A multidão aplaudiu, e ele virou os nossos corpos para ficar de frente para as
nossas famílias e amigos.
Os braços da minha mãe foram os primeiros a me encontrar, seu rosto coberto
de lágrimas foi à primeira coisa que eu encontrei quando eu desviei meus
olhos de Edward sem querer. E aí eu fui passada para a multidão, passada de
abraço para abraço, apenas meio consciente de quem me abraçava, minha
atenção concentrada na mão de Edward que segurava a minha própria mão
com força. Eu reconheci a diferença entre os abraços suaves e quentes dos
meus amigos humanos, e os abraços gentis e frios da minha nova família.
Um abraço severo se destacou entre os outros – Seth Clearwater teve a
coragem de ficar em meio a todos os vampiros para representar meu amigo
lobisomem perdido.

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9Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Empty Re: Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Seg maio 04, 2009 1:19 pm

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4. GESTO
O casamento foi seguido sutilmente pela festa de recepção – prova do
planejamento perfeito de Alice. O crepúsculo chegava acima do rio; a
cerimônia tinha durado o tempo exato, permitindo que o sol se pusesse atrás
das árvores. As luzes nas árvores brilhavam enquanto Edward me guiava
através das portas de vidro de trás da casa, fazendo as flores brancas brilhar.
Haviam mais dez mil flores ali, servindo como uma tenda perfumada e
flutuante sobre a pista de dança que foi arrumada na grama sob duas cidreiras
antigas.
As coisas desaceleraram, relaxando enquanto a leve noite de Agosto nos
cercava. A pequena multidão se espalhou sob o leve brilho das luzes
cintilantes, e nós fomos cumprimentados novamente pelos amigos que
tínhamos acabado de cumprimentar. Agora havia tempo para conversar, para
sorrir.
“Parabéns, pessoal”, Seth Clearwater nos disse, abaixando a cabeça por causa
de uma guirlanda de flores. A mãe dele, Sue, estava bem ao seu lado, olhando
os convidados com um estudado interesse. O rosto dela era fino e penetrante,
uma expressão que se atenuou pelo seu corte de cabelo curto, severo; era tão
curto quanto o cabelo de sua filha Leah – eu me perguntei se ela tinha cortado
curto desse jeito em sinal de solidariedade. Billy Black, do outro lado de Seth,
não estava tão tenso quanto Sue.
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Quando eu olhava para o pai de Jacob, eu sempre sentia que estava vendo
duas pessoas e não uma só. Lá estava um homem velho numa cadeira de rodas
com um rosto marcado de rugas e um sorriso branco que todo mundo via. E
depois havia o descendente direto de uma longa linhagem de chefes índios
poderosos, vestido com aquela autoridade com a qual ele tinha nascido.
Apesar da mágica ter – pela ausência de problemas – pulado a sua geração,
Billy ainda era uma parte do poder e da lenda. Eles o cercavam. Ela cercava o
seu filho, o herdeiro da magia, que deu as costas a isso tudo. Isso agora
deixava Sam Uley que agisse como chefe das lendas e magia...
Billy parecia estranhamente tranqüilo considerando que a companhia e o
evento – seus olhos brilhavam como se ele tivesse acabado de receber uma
boa notícia. Eu estava impressionada com o comportamento dele. Esse
casamento devia parecer uma coisa ruim, a pior coisa que podia ter acontecido
à filha do melhor amigo dele, nos olhos de Billy.
Eu sabia que não era fácil pra ele esconder seus sentimentos, considerando o
desafio que esse evento marcava para a antiga trégua feita entre os Cullen e os
Quileute – o acordo havia proibido que os Cullen viessem a criar outro
vampiro. Os lobisomens sabiam que uma quebra estava acontecendo, mas os
Cullen não faziam idéia de como eles reagiriam. Antes da aliança, isso teria
significado ataque imediato. Uma guerra. Mas agora que eles se conheciam
melhor, será que ao invés disso haveria perdão?
Como que em resposta a esse pensamento, Seth se inclinou na direção de
Edward, com os braços estendidos. Edward retornou o abraço com seu braço
livre.
Eu vi Sue estremecer delicadamente.
“É bom ver as coisas dando certo pra você, cara”, Seth disse. “Eu estou feliz
por você.”
“Obrigado, Seth. Isso significa muito para mim.” Edward se afastou de Seth e
olhou para Sue e Billy. “Obrigado a vocês também. Por terem deixado o Seth
vir. Por dar apoio a Bella hoje.”
“De nada” Billy disse com sua voz profunda, gutural, e eu me surpreendi com
o otimismo na voz dele. Talvez uma trégua mais forte estivesse no horizonte.
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Uma pequena fila estava se formando, então Seth acenou dando adeus e Billy
empurrou sua cadeira em direção à comida. Sue manteve uma mão em cada
um deles.
Angela e Bem eram os próximos querendo nossa atenção, seguidos pelos pais
de Angela e então Mike e Jéssica, que estavam – para minha surpresa – de
mãos dadas. Eu não sabia que eles estavam juntos de novo. Isso era bom.
Atrás dos meus amigos humanos estavam os meus novos primos, os vampiros
do clã Denali. Eu me dei conta de que estava prendendo a respiração enquanto
a vampira da frente – Tanya, eu presumi pelo tom dos seus cabelos loiros – se
aproximava para abraçar Edward. Perto dela, os outros três vampiros de olhos
dourados me olharam com franca curiosidade.
Uma das mulheres tinha um cabelo longo, loiro pálido, liso como seda. A
outra mulher e o homem ao seu lado tinham cabelos escuros, com a pele meio
escurecida sobre sua compleição pálida.
Eles eram todos tão lindos que faziam meu estômago doer.
“Ah, Edward”, Tanya disse. “Eu senti sua falta.”
Edward gargalhou e inteligentemente conseguiu se livrar do abraço, colocando
a mão levemente sobre o ombro dela e dando um passo pra trás. “Já faz
bastante tempo, Tanya. Você parece bem.”
“E você também.”
“Deixe-me apresenta-los minha esposa.” Era a primeira vez que Edward dizia
essa palavra desde que isso virou oficialmente verdade; parecia que ele ia
explodir de satisfação dizendo isso agora.
Todos os Denali sorriram levemente em resposta.
“Tanya, esta é minha Bella.”
Tanya era exatamente tão amável quanto nos meus piores pesadelos haviam
predito. Ela me lançou um olhar que era mais especulativo do que resignado, e
então pegou minha mão.
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“Bem vinda à família, Bella”, ela sorriu, um pouco descontente. “Nós nos
consideramos uma extensão da família de Carlisle, e eu lamento por, aquele
incidente recente quando não nos comportamos como tal. Nós devíamos ter te
conhecido mais cedo. Você pode nos perdoar?”
“É claro”, eu disse sem fôlego. “É muito bom conhecer vocês.”
“Agora todos os Cullen tem um par. Talvez agora seja a nossa vez, hein,
Kate?” Ela sorriu para a loira.
“Continue sonhando”, Kate disse, rolando seus olhos. Ela tomou minha mão
de Tanya e apertou-a gentilmente. “Bem vinda, Bella.”
A mulher de cabelos escuros pôs a mão sobre a de Kate. “Eu sou Carmem,
esse é Eleazar. Estamos muito felizes por finalmente conhecer você.”
“E-eu também”, eu gaguejei.
Tanya olhou para as pessoas esperando atrás dela – o companheiro de trabalho
de Charlie, Mark, e sua esposa. Seus olhos eram enormes enquanto eles
olhavam para os Denali.
“Vamos nos conhecer depois. Nós temos muito tempo para fazer isso!” Tanya
riu enquanto ela e sua família seguiam em frente.
Todos os padrões tradicionais foram mantidos. Eu fiquei cega pelos flashes de
luz enquanto segurávamos a faca sobre o bolo espetacular – grande demais, eu
pensei, para o nosso grupo relativamente íntimo de amigos e familiares. Nós
começamos enfiar bolo nos rostos um do outro; Edward engoliu
corajosamente e parte que cabia a ele enquanto eu olhava sem acreditar. Eu
joguei meu buquê com estranha destreza, diretamente nas mãos da surpresa
Angela.
Emmett e Jasper rugiram de tanto rir quando Edward arrancou a minha liga
emprestada – que eu havia feito deslizar quase até o meu calcanhar – muito
cuidadosamente com os dentes. Com uma piscadela pra mim, ele atirou-a bem
na cara de Mike Newton.
E quando a música começou, Edward me puxou para os seus braços para a
costumeira primeira dança; eu fui por vontade própria, apesar do meu medo de
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dançar – especialmente dançar na frente de uma platéia – feliz por ele
simplesmente me abraçar. Ele fez todo o trabalho, e eu girei sem esforço
algum sob as luzes e flashes brilhantes das câmeras.
“Aproveitando a festa, Sra. Cullen?” Ele sussurrou no meu ouvido.
Eu ri. “Eu vou levar um tempo pra me acostumar com isso.”
“Nós temos um tempo”, ele me lembrou, sua voz exultante, e se inclinou pra
me beijar enquanto a gente dançava. Câmeras disparavam sem parar.
A música trocou, e Charlie cutucou o ombro de Edward.
Dançar com Charlie nem de perto foi tão fácil. Ele não era melhor do que eu,
então nós nos mexíamos cuidadosamente de um lado para o outro no pequeno
formato de um quadrado. Edward e Esme giravam ao nosso redor como Fred
Astaire e Ginger Rogers.
“Eu vou sentir sua falta lá em casa, Bella. Eu já me sinto sozinho.”
Eu falei através da minha garganta apertada, tentando fazer piada sobre isso.
“Eu me sinto simplesmente horrível, tendo que fazer você cozinhar pra si
mesmo – é praticamente um crime de negligência. Você podia me prender.”
Ele deu um sorriso. “Eu acho que vou sobreviver à comida. Só me ligue
quando puder.”
“Eu prometo.”
Parecia que eu tinha dançado com todo mundo. Era bom ver todos os meus
amigos, mas eu queria mesmo era estar com Edward acima de qualquer coisa.
Eu fiquei feliz quando ele finalmente interrompeu, meio minuto depois que
uma nova dança começou.
“Ainda não gosta muito de Mike, hein?” Eu comentei enquanto Edward me
puxava pra longe dele.
“Não quando eu preciso ouvir os pensamentos dele. Ele tem sorte que eu não
o botei para fora. Ou pior.”

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10Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Empty Re: Livro Amanhecer, de Stephanie Meyer. Seg maio 04, 2009 1:22 pm

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“Tá, certo.”
“Você teve uma chance de olhar para si mesma?”
“Um, não, eu acho que não. Por quê?”
“Então eu acho que você não se dá conta que está absolutamente linda e de
tirar o fôlego esta noite. Não me surpreende que Mike tenha dificuldade com
seus pensamentos impróprios com uma mulher casada. Eu estou desapontado
por Alice não ter te forçado a se olhar no espelho.”
“Você é louco, sabia?”
Ele suspirou e então parou e me virou em direção à casa. A parede de vidro
refletia a festa lá atrás como um longo espelho. Edward apontou para o casal
no espelho diretamente à nossa frente.
“Sou louco, não é?”
Eu vi apenas um pouco do reflexo de Edward – uma duplicata perfeita de seu
rosto perfeito – com uma bonitona de cabelos escuros ao seu lado. A pele dela
era como rosas e creme, seus olhos estavam enormes e excitados e margeados
por enormes cílios grossos. A estrutura estreita do vestido branco cintilante
ficava subitamente cheio na cauda quase como um lírio invertido, cortado com
tanta destreza que seu corpo parecia elegante e gracioso – quando estava
parada, pelo menos.
Antes de conseguir piscar e fazer a beleza se voltar para mim, Edward
enrijeceu repentinamente e se virou automaticamente na outra direção, como
se alguém tivesse chamado seu nome.
“Oh”, ele disse. A testa dele enrugou por um instante e depois ficou suave de
novo rapidamente.
De repente, ele estava sorrindo brilhantemente.
“O que é?” Eu perguntei.
“Um presente de casamento surpresa”
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“Huh?”
Ele não respondeu; ele simplesmente começou a dançar de novo, girando
comigo para o lado oposto ao que estávamos indo antes, nos distanciando das
luzes e entrando nas profundezas da noite que cercava a luminosa pista de
dança.
Ele não parou até que alcançamos o lado escuro de uma das enormes cidreiras.
Então Edward seguiu diretamente para a sombra mais escura.
“Obrigado”, Edward disse para a escuridão. “Isso é muito... gentil da sua
parte.”
“Gentil é o meu nome do meio” uma voz rouca familiar se ergueu da noite
escura. “Posso invadir?”
Minha mão voou para a minha garganta, e se Edward não estivesse me
segurando eu ia sofrer um colapso.
“Jacob!” Eu botei para fora assim que consegui respirar. “Jacob!”
“E aí, Bells.”
Eu cambaleei na direção da voz dele. Edward continuou segurando meu
cotovelo até que outro forte par de mãos me pegou na escuridão. O calor da
pele de Jacob queimou o cetim do vestido enquanto ele me puxou para perto.
Ele não se esforçou pra dançar; ele apenas me abraçou enquanto eu enterrava
meu rosto em seu peito.
“Rosalie não vai me perdoar se ela não tiver sua valsa oficial na pista de
dança”, Edward murmurou, e eu sabia que ele estava nos deixando, me dando
um presente – esse momento com Jacob.
“Oh, Jacob”, eu estava chorando agora; eu não conseguia botar as palavras pra
fora com clareza. “Obrigada.”
“Para de se derreter, Bella. Você vai estragar seu vestido. Sou só eu.”
“Só? Oh, Jake! Tudo está perfeito agora.”
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Ele rosnou. “É – a festa já pode começar o padrinho finalmente chegou.”
“Agora todos que eu amo estão aqui.”
Eu senti os lábios dele passando pelos meus cabelos. “Eu lamento ter me
atrasado, querida.”
“Eu estou tão feliz por você ter vindo!”
“Essa era a idéia.”
Eu olhei na direção dos convidados, mas não consegui ver através dos
dançarinos o lugar onde eu tinha visto o pai de Jacob pela última vez. Eu não
sabia se ele tinha ficado. “Billy sabe que você está aqui?”
Assim que eu perguntei, eu soube que ele devia saber – era a única maneira de
explicar a sua expressão feliz de antes.
“Eu tenho certeza que Sam contou a ele. Eu vou vê-lo quando... quando a festa
acabar.”
“Ele vai ficar tão feliz por você estar em casa.”
Jacob se afastou um pouco e se ergueu de novo. Ele deixou uma mão na parte
de baixo das minhas costas e segurou minha mão direita com a outra. Ele
segurou nossas mãos no peito dele; eu podia sentir o coração dele batendo sob
minha palma, e eu supus que ele não havia colocado a minha mão lá por
acidente.
“Eu não sei se vou ganhar mais do que essa dança” ele disse, e começou a me
puxar em círculos que não combinavam com o ritmo da música vindo de trás
de nós. “É melhor que eu tire o melhor que puder disso.”
Nós nos movíamos seguindo o ritmo do coração dele embaixo da minha mão.
“Eu estou feliz por ter vindo”, ele disse baixinho depois de um momento. “Eu
não achei que ficaria feliz. Mas é bom ver você... uma vez mais. Não é tão
triste quanto eu imaginei que seria.”
“Eu não quero que você se sinta triste.”
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“Eu sei disso. E eu não vim essa noite pra te fazer sentir culpada.”
“Não – eu fico muito feliz por você ter vindo. É o melhor presente que você
podia ter me dado.”
Meus olhos estavam se ajustando, e agora eu conseguia ver o rosto dele, mais
alto do que eu esperava. Será que era possível que ele ainda estivesse
crescendo? Ele devia estar se aproximando de dois metros e meio de altura.
Era um alívio ver o rosto familiar novamente depois de todo esse tempo – seus
olhos escuros embaixo das sobrancelhas pretas bagunçadas, as maçãs altas de
seu rosto, seus lábios cheios esticados sobre os dentes brilhantes num sorriso
sarcástico que combinava com a voz dele. Seus olhos estavam apertados nos
cantos – cuidadoso; eu podia ver que ele estava sendo muito cuidadoso essa
noite. Ele estava fazendo todo o possível para me deixar feliz, para não dar
uma escapulida e deixar claro o quanto isso era difícil pra ele.
Eu nunca fiz nada bom o suficiente pra merecer um amigo como Jacob.
“Quando você decidiu voltar?”
“Conscientemente ou inconscientemente?” Ele respirou profundamente antes
de responder sua própria pergunta. “Eu realmente não sei. Eu acho que já faz
algum tempo que eu estou rodando essa área, e talvez isso seja porque eu
vinha para cá. Mas não foi até essa manhã que eu comecei a correr. Eu não
sabia se ia conseguir chegar a tempo.” Ele riu. “Você não acreditaria no
quanto isso parece estranho – caminhar sobre duas pernas de novo. E roupas!
E é mais bizarro ainda porque isso parece estranho. Eu não esperava isso. Eu
estou sem prática nessa coisa toda de humano.” Ele girou firmemente sem sair
do lugar.
“Seria uma pena perder de vê-la assim, no entanto. Isso já valeu a viagem até
aqui. Você está inacreditável, Bella. Tão linda.”
“Alice investiu muito tempo em mim hoje. O escuro também está ajudando.”
“Não está tão escuro para mim, sabe.”
“Certo.” Sentidos de lobisomem. Era fácil esquecer de todas as coisas que ele
podia fazer, ele parecia tão humano. Especialmente agora.
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“Você cortou seu cabelo”, eu notei.
“É. É mais fácil, sabe. Eu achei melhor usar bem as minhas mãos.”
“Está bonito”, eu menti.
Ele rosnou. “Certo. Eu mesmo cortei, com facas de cozinha enferrujadas.” Ele
deu um sorriso largo por um momento, e aí seu sorriso sumiu. A expressão
dele ficou séria. “Você está feliz, Bella?”
“Sim.”
“Okay”. Eu senti ele erguer os ombros. “Isso é o mais importante, eu acho.”
“Como você está Jacob? Sério”
“Eu estou bem, Bella, de verdade. Você não precisa mais se preocupar
comigo. Pode parar de encher o saco do Seth.”
“Eu não estou enchendo o saco dele só por sua causa. Eu gosto do Seth.”
“Ele é um bom garoto. Melhor companhia do que alguns. Eu te digo, se eu
pudesse me ver livre das vozes na minha cabeça, ser um lobisomem seria
perfeito.”
Eu sorri pela forma que isso soou. “É. Eu também não consigo fazer as minhas
vozes pararem.”
“No seu caso isso ia significar que você está louca. É claro, eu já sabia que
você é louca”, ele zombou.
“Obrigada.”
“Insanidade provavelmente é mais fácil do que dividir os pensamentos com
um bando. As vozes das pessoas loucas não mandam babás atrás deles.”
“Huh?”
“Sam está por aí. E alguns dos outros. Só por via das dúvidas, sabe.”

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